1998
Em final de 1998 Pedro Lapa, que integrara a equipa de reorganização do museu, assumiu a sua direção. O programa de exposições temporárias ganhou maior destaque e passou a articular-se em quatro áreas específicas, direta ou indiretamente relacionadas com o âmbito cronológico da coleção. Assim deu-se início a um conjunto de exposições de carácter retrospetivo sobre artistas portugueses do século XIX; foram também continuadas as grandes retrospetivas de movimentos ou artistas modernistas portugueses, tendo sido realizado o primeiro catálogo raisonné sobre um artista português, Joaquim Rodrigo; paralelamente os nomes e movimentos que formaram as vanguardas históricas foram objeto de exposições amplas em coprodução com outros prestigiados museus internacionais; o programa Interferências (1998-2002) corria paralelamente às referidas exposições e apresentava trabalhos especificamente produzidos para o efeito por artistas contemporâneos nacionais e internacionais. Outro aspeto a que este programa dava especial relevância era a natureza das publicações que acompanhavam as exposições e que apresentavam um profundo desenvolvimento científico e ensaístico.
A política de aquisições tem-se desenvolvido em dois sentidos de forma a colmatar as referidas lacunas da coleção, sendo que as décadas de 1950 e 1960 encontram já muito significativas representações, bem como a década de 1990. Foi também dado início à integração na coleção de outros géneros artísticos, como sejam a fotografia e o vídeo, que constituem suportes de grande recorrência nas práticas artísticas contemporâneas. Para este efeito em muito contribuíram as participações de alguns mecenas mais empenhados neste processo de devolver ao Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado a propriedade da sua designação.
A ausência de espaço tem-se revelado como um dos fatores mais constrangedores de toda a diversidade de atividades que o museu procura desenvolver, seja a possibilidade de apresentar com caráter de continuidade as suas coleções, seja a de desenvolver exposições temporárias com a escala desejada ou ainda atividades pedagógicas, todas estas dimensões da atividade museográfica encontram limitações cuja resolução tem tardado.
Nesse sentido, e procurando colmatar as limitações espaciais, o MNAC tem tido uma política de mostrar, com caráter rotativo, núcleos da coleção, assim dando conta do crescimento do seu espólio e da investigação que vai sendo feita pelo museu em torno do mesmo. Essas exposições são ainda potenciadas por uma diversificada programação de Serviço Educativo, que vai das visitas orientadas a cursos, oficinas, palestras e mesas redondas e que tem também potenciado a organização de congressos internacionais e a parceria do MNAC com o meio académico nacional e internacional.
O estudo das coleções e também da história da própria instituição foi prosseguido por Helena Barranha, na sua direção, entre dezembro de 2009 e junho de 2012, e manteve-se central à direção de Paulo Henriques (julho de 2012-novembro de 2013).
Política expositiva e pedagógica
A ausência de espaço tem-se revelado como um dos fatores mais constrangedores de toda a diversidade de atividades que o museu procura desenvolver, seja a possibilidade de apresentar com caráter de continuidade as suas coleções, seja a de criar exposições temporárias com a escala desejada.
Nesse sentido, e procurando colmatar as limitações espaciais, o MNAC tem tido uma política de mostrar, com caráter rotativo, núcleos da coleção, assim partilhando com o público o crescimento das mesmas e a decorrente investigação que vai sendo feita pelo museu.
Essas exposições são potenciadas por uma diversificada e continuada programação de Serviço Educativo, dirigida a públicos de todas as faixas etárias e níveis de literacia.